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A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou nesta terça-feira (4) um projeto de lei que permite que companhias aéreas estrangeiras operem voos domésticos nos nove estados da Amazônia Legal. O objetivo da medida é tentar baratear o preço de passagens aéreas na região.
Proposto pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e com relatoria de Jaime Bagattoli (PL-RO), o texto inicialmente previa a autorização para empresas do exterior atuarem em todo o Brasil. Durante a tramitação, no entanto, os senadores escolheram restringir a autorização para a Amazônia Legal.
Para Bagattoli, a restrição faz sentido “já que a Amazônia Legal é, reconhecidamente, a área mais carente de
voos no território nacional”. Com a aprovação na Comissão de Infraestrutura, o projeto 4.715 de 2023 deve seguir para a Câmara dos Deputados, a não ser que um recurso seja apresentado para a matéria ser avaliada pelo plenário do Senado.
Caso a Câmara aprove a medida e ela se torne lei, os nove estados que poderiam ser atendidos por empresas do exterior seriam:
- Amazonas;
- Acre;
- Rondônia;
- Roraima;
- Pará;
- Maranhão;
- Amapá;
- Tocantins; e
- Mato Grosso.
Os senadores criticaram a oferta e o preço dos voos no Brasil atualmente. Para parte deles, como a senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), parte do problema é que somente três companhias aéreas dominam o mercado de viagens aéreas no Brasil: a Latam, a Gol e a Azul.
“Além de não termos voos, os preços dos voos são estratosféricos”, disse a senadora. “Só vejo uma solução: abrir. Tem que deixar entrar companhias aéreas. Por que só temos três aqui? Abre essa aviação. É o único jeito”.
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Segundo o senador Marcos Rogério (PL-RO), permitir a atuação de empresas estrangeiras na Amazônia Legal não deve afetar ou ser concorrência para as empresas nacionais. Marcos Rogério citou o número reduzido de voos para a região Norte e os horários limitantes para as capitais da região.
“Não estão competindo com as nacionais. Estão garantindo oferta, porque as nacionais não estão dando conta de atender”, disse o senador.
Autor da matéria, Petecão defendeu que o projeto é para permitir acesso à região Norte. “É inadmissível que tenhamos que pagar um dos trechos mais caros do país”, disse o senador citando a viagem de Brasília a Rio Branco, capital do Acre – uma passagem para quarta-feira (5) no trecho tem somente um horário disponível e custa R$ 5.982, segundo o Google Flights. “Só queremos que o povo da nossa região possa ter os mesmos direitos que o povo do Sudeste e do Sul têm”.