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Mais um capítulo na histórica com contexto de drama que acontece após uma criança de cinco anos ter sido abandonada pela própria mãe no Complexo Pediátrico Arlinda Marques (CPAM), em João Pessoa. Durante entrevista exclusiva ao programa 60 Minutos, do Sistema Arapuan de Comunicação nesta sexta-feira (31), o diretor-técnico da unidade, o doutor Adriano Brilhante, revelou que a criança pode ter sido exposta a drogas em decorrência do quadro de vulnerabilidade social apresentado por sua genitora.
Ao programa 60 Minutos, Adriano Brilhante detalhou o processo envolvendo a criança, ao relatar que ela deu entrada na unidade no dia 16 de fevereiro deste ano com um quadro grave de tuberculose pulmonar, que evoluiu para meningite. Ele citou que desde o primeiro momento, foi percebido pelo serviço social do hospital que a mãe apresentava um quadro de vulnerabilidade social e que a criança tinha sinais de maus tratos.
Diante da situação, a unidade entrou em contato com o conselho tutelar de Caaporã, município de origem da paciente. Após o relato do quadro, os conselheiros conseguiram identificar o companheiro da mãe, que chegou a ir até a unidade, porém, ele se recusou a ficar com a menina. Posteriormente, um outro familiar também foi até o hospital, porém, só ficou alguns dias e decidiu não continuar o acompanhamento.
Ainda de acordo com o diretor, com a ausência da mãe e familiares, além do pai biológico, que faleceu a cerca de dois anos, a equipe médica do hospital decidiu então, por contra própria, acompanhar mais de perto a criança abandonada na enfermaria e intensificar os cuidados. Ele revelou, inclusive, que foi feita entre os funcionários uma “vaquinha” para comprar itens pessoais de higiene, além de dobrar o quadro de colaboradores para aumentar a equipe e não deixar a criança sozinha na unidade.
Questionado pelos apresentadores do programa 60 Minutos se a mãe era usuária de drogas e a criança poderia ter sido exposta a esses entorpecentes, Adriano Brilhante revelou que ela apresentava sinais que indicam o uso e que o ambiente social apresentado pela mãe sugeria o comportamento. Ele citou ainda que haverá na próxima terça-feira (4) uma reunião entre representantes do hospital, Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o conselhor tutelar para decidir quais medidas serão tomadas, já que a criança apresenta quadro clinico de alta médica.
Ouça a na íntegra a entrevista exclusiva concedida ao programa 60 Minutos, do Sistema Arapuan de Comunicação:
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