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Marcos Henriques (PT) asseverou que a matéria desvirtua o principio básico da manifestação que é a luta contra a homofobia e pela igualdade de oportunidade
O vereador Marcos Henriques (PT) usou a tribuna na sessão ordinária da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) desta quinta-feira (9) para abordar a polêmica em torno da proibição da presença de crianças na Parada LGBTQIAP+ da Capital, que acontece no dia 19 deste mês. O parlamentar asseverou que a matéria desvirtua o principio básico da manifestação que é a luta contra a homofobia, pela igualdade de oportunidades.
“Votei contra e esse projeto tem causado perplexidade e angústia sobre o os caminhos que esta Casa está tomando. Já foi rejeitado aqui um voto de aplauso a um festival de cinema importante porque uma vereadora não concordou com um dos títulos apresentados. Houve movimento contra a instalação do Museu da Canabis, tão importante para pessoas que sofrem de diversos males que podem ser tratados por essa planta. Agora, essa outra lacração que desvirtua o movimento que luta contra a homofobia e transfobia, além de defender a diversidade e igualdade de oportunidades para população LGBTQIA+”, arguiu o vereador.
Marcos Henriques também elogiou e defendeu o Ministério Público (MP) recomendou ao prefeito da capital, Cícero Lucena (PP) que vete o projeto. “O Ministério Público combate o trabalho infantil e a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes. Embora digam que esse órgão não faz nada, muito pelo contrário, ele está sempre atuante em nossa cidade”, destacou.
De acordo com o vereador, continua crescente a violência contra a população LGBTQIA+ e a matéria aprovada no legislativo municipal desqualifica a Parada classificando como promíscuo um ato político que pretende dar visibilidade a esse segmento segregado na sociedade. Para ele, a matéria é inconstitucional, pois impede o livre arbítrio, alegando defender a família. “Quero que conste nos anais desta Casa que votei contra esse projeto. Não vai mudar o resultado, mas deixa claro meu posicionamento sobre o tema”, enfatizou. Marcos Henriques fez questão de salientar não sentia vergonha da CMJP, mas da pauta que estava no centro das discussões.
Apartes
O vereador Junio Leandro (PDT) ratificou que a população LGBTQIA+ é líder na estatística de mortes na cidade. Zezinho Botafogo (PSB) destacou seu orgulho em fazer parte da CMJP, que sempre luta pelas melhorias para população da Capital paraibana. Já o Coronel Sobreira (MDB) salientou que a família é a base da sociedade e as marchas interferem nos princípios fundamentais bíblicos. “A família é formada por homem e mulher. Tenho amigos gays, mas não concordo com suas práticas”, asseverou. Já a vereadora Eliza Virgínia (PP) relatou que houve um artista que foi proibido de se apresentar na Parada por ser muito obsceno e questionou se seria tranquilo para os pais verem dois homens ou duas mulheres em atos obscenos.
Por sua vez, o vereador Bruno Farias (Cidadania) destacou que todos têm seu ponto de vista e defendeu o respeito. “Sobre o projeto em si, do ponto de vista jurídico tenho dúvidas sobre a constitucionalidade, pois acredito que apenas lei federal pode trazer limite sobre o poder familiar. Creio que essa limitação imposta na matéria só pode ser da esfera federal”, explicou.
O autor da matéria, vereador Tarcísio Jardim (PP), alegou que sua proposta não continha inconstitucionalidade e rechaçou a pecha de homofobia.
 
			
 
                    






 
                
 
             
             
            