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O preço da cesta básica em João Pessoa registrou alta de 1,8% em julho de 2025, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos divulgada nesta quarta-feira (20) pelo Dieese em parceria com a Conab. A capital paraibana ficou entre as cidades do Nordeste com maior variação de preços, ao lado de Recife (2,8%) e Salvador (1,8%).
De acordo com o levantamento, esta foi a primeira edição da pesquisa realizada em todas as 27 capitais brasileiras. Entre os resultados gerais, 15 cidades apresentaram queda no custo dos alimentos básicos, enquanto 12 registraram aumento.
Apesar do crescimento, João Pessoa ainda se mantém entre as capitais com valores mais baixos da cesta básica, quando comparada a grandes centros como São Paulo (R$ 865,90), Florianópolis (R$ 844,89) e Rio de Janeiro (R$ 823,59). Já no Nordeste, os menores preços foram observados em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74) e Salvador (R$ 635,08).
Comparativo nacional
O estudo mostrou que, entre julho de 2024 e julho de 2025, os preços da cesta básica subiram em todas as 17 capitais acompanhadas no período anterior. Recife liderou com alta de 19,5%, enquanto Belém registrou o menor aumento (2%).
No acumulado de 2025, a cesta básica também ficou mais cara em todas as capitais já monitoradas anteriormente, variando entre 0,3% (Goiânia) e 11,4% (Recife).
Impacto no salário mínimo
Com base no custo da cesta mais cara, registrada em São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.274,43 em julho — 4,79 vezes o mínimo atual de R$ 1.518.
O levantamento também apontou que um trabalhador que recebe o piso nacional comprometeu, em média, 50,9% da renda líquida apenas para a compra da cesta básica no último mês.
Resumo da notícia
- João Pessoa registrou alta de 1,8% no preço da cesta básica em julho.
- Pesquisa foi realizada em todas as 27 capitais brasileiras.
- Nordeste concentrou algumas das maiores altas, como Recife (2,8%).
- São Paulo tem a cesta mais cara (R$ 865,90).
- Salário mínimo ideal em julho deveria ter sido R$ 7.274,43, segundo o Dieese.
