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Em janeiro, o poder de compra de fertilizantes do produtor rural brasileiro diminuiu devido à queda dos valores das commodities agrícolas (mercadorias originadas do agronegócio, que passam por poucas intervenções industriais em seus processos, ou seja, são comercializadas praticamente em estado natural).
A relação de troca entre os produtos agrícolas e os fertilizantes, medida pelo Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), foi de 0,95 em janeiro de 2024, contra 0,89 em dezembro. Quanto mais baixo o IPCF, mais favorável é a situação para o agricultor.
A compra de fertilizantes ficou mais vantajosa do que no mesmo período do ano anterior, quando o índice estava em 0,99.
Os dados foram apontados nesta quinta-feira (8) pelo indicador elaborado pela Mosaic Fertilizantes, líder de vendas no mercado brasileiro.
“Nos níveis atuais, a relação de troca dos principais produtos continua favorável. Durante o ciclo, houve pequena queda nas médias de preços dos fertilizantes e das commodities agrícolas, ambos considerados no cálculo”, afirmou a Mosaic em relatório.
A diminuição nos preços das commodities, com destaque para a soja (-10%), contribuiu para essa queda no poder de compra de adubos.
Os preços de fertilizantes se mantiveram praticamente estáveis, com pequenas correções para baixo em relação ao valor do potássio durante o período de baixa atividade nas compras e estoques confortáveis no país.
Já os adubos nitrogenados apresentaram elevada recuperação, devido aos “preços descontados” que o Brasil oferecia.
A Mosaic destacou que foco do mercado está na colheita da soja no Brasil e no início do plantio das safrinhas de algodão e milho.
“A relação de troca do milho é favorável, incentivando os produtores a realizar negócios rapidamente, assim como foi com a soja, onde os agricultores observaram uma relação de troca com fertilizantes positiva”, destaca.