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A família do ator Bruce Willis anunciou na última quinta-feir (16) que o diagnóstico de afasia progrediu para demência frontotemporal. Com 67 anos, o ator anunciou sua aposentadoria no ano passado após o primeiro diagnóstico. A doença afeta a comunicação do ator, que segundo a família, é apenas um dos sintomas que Willis apresenta.
A demência frontotemporal acontece por um acúmulo de substâncias na região frontal do cérebro e se manifesta por meio de um grupo de doenças, caracterizando-se como neurodegenerativa. O médico explica que essa demência afeta principalmente a linguagem e o comportamento do paciente, levando a quadros de alucinação, violência, alteração de personalidade e dificuldade na fala.
“Infelizmente, desafios com comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce enfrenta. Enquanto isso é doloroso, é um alívio finalmente chegar a um diagnóstico claro”, afirmou a família do ator em comunicado no site da Associação para a Degeneração Frontotemporal.
No caso do ator Bruce Willis, o neurologista aponta que a demência afeta de forma total a sua profissão. Apesar de ter uma progressão lenta, a demência atinge sentidos importantes para o desempenho da atuação. Antes do diagnóstico da demência, a afasia, uma doença que compromete a comunicação e atividades cognitivas, levou Willis a afastar-se das suas atividades.
Segundo o médico, é uma doença mais precoce que o Alzheimer e pode atingir pacientes mais jovens. O Instituto Brasileiro de Alzheimer afirma que a demência frontotemporal afeta principalmente indivíduos entre 45 e 65 anos de idade, enquanto o Alzheimer é mais comum em pacientes com mais de 60 anos.
A doença é hereditária e não tem cura. O neurologista explica que o tratamento será feito para aliviar sintomas específicos que o paciente apresenta. O diagnóstico é feito por um neurologista, que deve solicitar exames laboratoriais e de imagem para identificar a demência.
*Com informações do g1.