JORNAL DA PARAÍBA //
Merendeiras, faxineiras e outros servidores da escola municipal Zélia Correia do Ó, em Alhandra, denunciaram, por meio de mensagens, que foram “obrigadas” a participar de uma espécie de “mutirão” de pintura na unidade esta semana.
A ação foi necessária, segundo elas, porque foi dito que era preciso fazer reparos para dar condições ao retorno das aulas. Em uma das mensagens, uma funcionária diz que tem medo de ser prejudicada e foi fazer o trabalho revoltada.
Em outra mensagem, a prestadora pede para divulgar a situação. Afirmou que o secretário de Educação disse que era uma força-tarefa, mas que, no fundo, estavam sendo obrigadas a pintar a escola.
Quase todo o corpo de funcionários da unidade participou da “força-tarefa”.
De acordo com o calendário, as aulas retornam na segunda-feira (27) e pararam no meio de dezembro. Mesmo com esse tempo, elas alegam que não foi feito nada.
“Tive que subir escada alta, morrendo de medo e quase levei choque no fio desencapado. Mas, sou por contrato e não posso perder meu emprego, todas estão indo com ódio, porque ainda tivemos o mutirão para lavar toda a escola que estava podre”, disse uma servidora ao Portal do Litoral.
O que disse o secretário
Ao Conversa Política, o secretário de Educação de Alhandra, Professor Fernando, negou que as funcionárias foram obrigadas a fazer o serviço. Segundo ele, a ideia partiu da direção da unidade, como uma “ação de equipe”. Tudo foi combinado e as “meninas”, de acordo com a diretora, estavam dispostas.
Eu fui fazer porque eu gosto de estar no meio, assim como qualquer atividade […] era uma coisa simples para fazer”, afirmou ao Conversa Política.
O secretário gravou um vídeo que foi distribuído na cidade para explicar a situação.
A intenção pode até ter sido boa, mas de boas intenções, o inferno está cheio. A prefeitura deveria, mesmo, é ter feito um planejamento para a pintura. Agora, precisa se explicar.
