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A psiquiatra e diretora do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, em João Pessoa, Camilla Franca, cedeu uma entrevista, nessa segunda-feira (18), para o programa Frente a Frente, com Luís Tôrres, da TV Arapuan. Na ocasião, a especialista condenou a flexibilização da maconha no Brasil. “Para o psiquiatra não é interessante”, ressaltou.
Camila explica porque é contrária à legalização, pro ser um desencadeador para a esquizofrenia – que são surtos psicóticos, comportamentos inadequados, alucinações, delírios e fala desorganizada. “O uso de substâncias psicoativas, como a maconha, pode ser um fator desencadeador para a esquizofrenia. Como vimos na pandemia, muitos jovens ou pacientes fazendo o uso de droga e entrando no primeiro surto”, explicou.
A especialista citou que independente da qualidade do consumo da droga, o efeito é o mesmo. “Se você já tem o fator genético, uma pequena quantidade você já pode entrar em surto”, disse.
Flexibilização
Ao ser questionada por Luís Tôrre sobre a flexibilização do consumo da droga, mais precisamente a maconha, a diretora do Juliano Pereira classificou como “Não interessante”.
Para Camila, através da flexibilização terá mais paciente com crise de esquizofrenia e de bipolaridade. “Eu posso ter o fator genético, e um fator externo, que é droga. Se eu não entrar em contato com ela, eu não viciou”, exemplificou.