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O psicólogo Fabrício Oliveira, Especialista em Gerontologia, afirmou, na tarde desta sexta-feira, (6), a sexualidade e o amor não têm idade, estão presentes desde o nascimento até a morte. contribuem para uma maior satisfação com a vida em geral. ” Afinal, amor, afeto, intimidade e sexo são elementos de valor fundamental na tessitura da vida humana. Sexo, namoro, amar e ser amado é qualidade de vida. Quando mais eu amo e sou amado e namoro mais eu vivo mais e com qualidade. A relação e o amor nos dá longevidade de vida”, disse durante entrevista ao Programa Arapuan Verdade do Sistema Arapuan de Comunicação.
Fabrício Oliveira se especializou no atendimento de idosos e luta contra o estereótipo de que a dessexualização é um processo natural da idade: “a pressão social para um comportamento sexual contido é tão intensa que a pessoa idosa não se permite viver sua libido”. ela relata que, em sua experiência clínica, as famílias tendem a ignorar os sentimentos dos parentes longevos, como se o desejo e iniciativas sexuais fossem sinal de desvio, desajuste ou desequilíbrio.
Para o psicólogo, a sexualidade não pode se restringir apenas ao funcionamento fisiológico do corpo, mas precisa ser compreendida em seu aspecto amplo, como uma experiência que dá sentido e significado à existência humana, sendo, portanto, uma função vital que congrega múltiplos fatores – de ordem biológica, psicológica, social e cultural. Desta maneira, a sexualidade na velhice, assim como nas demais faixas etárias, não se refere somente à prática sexual em si, mas à troca de afeto, carinho, companheirismo, cumplicidade, cuidados recíprocos, segurança e conforto.
” E é comum as pessoas, em algum momento da vida, buscarem um parceiro ou uma parceira com quem possam compartilhar afetividade. Portanto, o sexo na velhice envolve tanto a parte física como a emocional, possibilita experiências criativas e exige sensibilidade, como em qualquer fase da vida”, comentou.
De acordo com Fabrício Oliveira, observa-se , porém, que o desejo sexual só se encontra em pessoas longevas que atribuíram ao longo da vida um valor positivo à sexualidade. Pessoas que costumeiramente repudiaram tal dimensão da existência utilizam a desculpa de estarem velhas para essas coisas, o que demonstra que a vida sexual se prolonga tanto mais, quanto mais rica e mais feliz tiver sido em tempos anteriores.
” Isso porque o envelhecimento, como qualquer outro processo humano, é uma experiência heterogênea – pode ocorrer de modo diferente para pessoas que vivem em contextos distintos. Essa diferenciação depende da influência de circunstâncias histórico-culturais, de fatores intelectuais e de personalidade, dos hábitos e atividades físicas e da incidência de patologias genéticas”, finalizou.
Simbologia do dia do sexo
A escolha desse dia não foi aleatória, mas sim motivada na simbologia da própria data, 6 de setembro que vira 6/9, uma alusão à popular posição sexual 69, conhecida também como “meia-nove”. A ideia de batizar a data veio de uma jogada de marketing de uma marca de preservativos. Em uma campanha publicitária de 2008, a Olla engajou em favor da criação do Dia do Sexo, sob a justificativa de que “se existe Dia das Mães, Dia dos Pais e Dia das Crianças, por quê não existir o Dia do Sexo?”









