DA REDAÇÃO COM ASCOM
O Governo da Paraíba lançou, na última quarta-feira (04), a campanha “Não é não, também no São João”, voltada à conscientização da população sobre os casos de importunação sexual durante os festejos juninos. A iniciativa, que já vem sendo realizada desde 2019, busca garantir mais segurança para mulheres nos espaços públicos durante o período de festividades.
Durante entrevista à imprensa, a secretária de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, destacou os resultados positivos alcançados pela campanha ao longo dos anos. Segundo ela, desde o início da ação, houve uma redução significativa no número de ocorrências.
“Nós, no início da campanha, lá em 2019, tivemos inclusive prisões. Hoje, isso já melhorou bastante, o que não significa dizer que não temos casos, porque acontecem. Por isso, é importante a campanha existir para erradicar essa conduta absurda de atacar as mulheres numa festa. Algo que parece inofensivo, como a importunação, pode desencadear outras violências”, afirmou a secretária.
Lídia também rebateu críticas de que a campanha tentaria restringir o ambiente de sociabilidade, esclarecendo que a ação visa coibir abusos e proteger o direito das mulheres à integridade física e emocional.
“Tem gente nos acusando de querer acabar com as paqueras, e não é assim. Paquera pressupõe que as duas partes querem. Já essa violência, de impedir as mulheres de ir e vir sem serem atacadas, esse comportamento de achar que pode tocar o corpo da mulher sem consentimento, isso é crime” reforçou.
A secretária ainda orientou as vítimas sobre como proceder em casos de importunação sexual.
“Ela pode procurar uma guarnição da Polícia Militar ou recorrer à delegacia móvel, que também é um caminho. O importante é que o agressor seja contido imediatamente para evitar outras violências”, orientou.
Durante as festas juninas, a campanha será intensificada com a distribuição de materiais informativos e a divulgação dos canais de denúncia disponíveis como 190 (Polícia Militar), 180 (Central de Atendimento à Mulher), 197 (Disque-Denúncia da Polícia Civil) e 155 (Disque-Denúncia para Violação dos Direitos Humanos).