CONGRESSO EM FOCO ©
O senador Jorge Seif (PL-SC) gastou R$ 32 mil em verbas públicas para retornar temporariamente de uma missão oficial e participar do ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no domingo (25). Seif foi um dos parlamentares presentes na manifestação bolsonarista em São Paulo.
Em viagem oficial aos Emirados Árabes Unidos e Portugal, Seif ficaria fora do Brasil de 17 de fevereiro a 1º de março. As passagens a serem utilizadas pelo senador já haviam sido emitidas em 7 de fevereiro. Os planos, no entanto, foram alterados por causa da manifestação.
Seif remarcou passagens e comprou, com dinheiro público, novos bilhetes para ir de Dubai para São Paulo e participar da manifestação de Bolsonaro antes de seguir para Portugal. Seif voltou ao Brasil na sexta-feira (23) e deixou o país novamente no domingo (25).
No total, o desvio de rota de Seif custou cerca de R$ 32 mil aos cofres públicos, segundo dados da Transparência e Prestação de Contas do Senado.
Em nota ao Congresso em Foco, Seif afirma que a missão oficial a Lisboa foi “devidamente autorizada e custeada pelo presidente do Senado”. Em Portugal, o senador acompanha o estande de turismo de Santa Catarina na Bolsa de Turismo de Lisboa.
“[…] representarei o nosso estado e o Brasil, não só na feira, mas em diversas outras agendas bilaterais de interesse no fomento do setor turístico catarinense”, disse Seif.
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirma que a missão é oficial. No entanto, em nota do Senado, é indicado que a marcação de passagens é responsabilidade do senador em missão, ou seja, Seif.
“O Senado esclarece, ainda, que a solicitação e a utilização de bilhetes e diárias, além do seguro-viagem, são de estrita responsabilidade do senador participante das missões.”
Agora, Seif ainda deve ficar fora do país até 3 de março.
Ex-ministro da Pesca, Seif participou do ato de Bolsonaro, mas não foi um dos parlamentares a fazer discurso para os manifestantes na Avenida Paulista. O senador fez registros de sua participação, junto com outros senadores, no ato:
