DA REDAÇÃO COM ASCOM //
O clima nem sempre ameno que resulta dos debates e discussões na Câmara de Vereadores de Campina Grande foi dissipado por instantes na sessão desta quarta-feira,13,quando o sistema de sonorização fez ecoar os acordes de “Asa Branca” e a inconfundível voz de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.
É que o vereador Napoleão Maracajá fez uso da palavra para homenagear o artista nordestino no seu 111⁰ ano de nascimento, completado neste 13 de dezembro.
Gravado originalmente no longínquo ano de 1947, o baião “Asa Branca”, composto por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, retrata a triste realidade que marcou durante décadas a vida dos nordestinos que, fugindo da seca, eram forçados a abandonar sua terra em direção aos grandes centros urbanos do Sudeste, em busca de sobrevivência.
Enquanto ouvia e aplaudia a belíssima peça do cancioneiro popular do Brasil, Napoleão Maracajá disse que Campina Grande fica a dever homenagens a Luiz Gonzaga.
O vereador lamentou o fato de que o único museu dedicado à obra do artista “na cidade que faz ‘O Maior São João do Mundo’, fechou por falta de ajuda”.
O antigo “Museu Luiz Gonzaga”, de iniciativa do pesquisador José Nobre, funcionava entre os bairros de Santa Rosa e Cruzeiro.
Enquanto Napoleão fazia o melancólico registro, a voz de Gonzaga se fazia ouvir a entoar o seguinte estribilho:
“Eu perguntei a Deus do céu: ‘Por que tamanha judiação?’…”.









