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Os supostos desvios no Hospital Padre Zé, em João Pessoa, também aconteceram com outras doações da iniciativa privada e órgãos federais feitas à instituição. Foi o que reveleram funcionários e ex-funcionários da fundação ao programa Arapuan Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação nesta quinta-feira (25).
As denúncias acontecem após uma manifestação realizada na manhã de hoje, onde vários deles chegaram a “comemorar” as mudanças feitas na direção, que agora passa a ser administrada por Padre George Batista.
De acordo com a denúncia feita por uma ex-funcionária, que não quis ser identificada, doações de empresas privadas e órgãos federais também teriam sido alvo desses desvios, a exemplo de sandálias e roupas destinadas a um bazar beneficente durante a gestão do padre Egídio de Carvalho Neto, que renunciou ao cargo na semana passada após um escândalo envolvendo o desvio de celulares doados pela Receita Federal com prejuizos que podem chegar a mais de R$ 500 mil reais.
Ouça a denúncia feita ao programa Arapuan Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação:
Ex-funcionários chegaram a denunciar ainda que carros doados a instituição foram transferidos para ex-diretores da unidade de saúde, o que caracteriza supostamente desvio de finalidade. Confira as declarações concedidas ao programa Cidade em Ação, da TV Arapuan:
O que diz a nova direção
O novo diretor da instituição, padre George Batista, comentou sobre as denúncias e disse que as recebeu com tranquilidade. Ele afirmou ainda que está colaborando com o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e dando acesso irrestrito as contas da unidade hospitalar e fundação em nome da transparência. Ouça a declaração:
Relembre o caso
As renúncias do padre Egídio, tanto da direção do Hospital Padre Zé quanto da paróquia, ocorrem após denúncias de furtos e vendas de equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal à unidade hospitalar. Os prejuízos chegariam a mais de R$ 500 mil. Os equipamentos teriam sido entregues pela Receita Federal diretamente ao padre Egídio e a um jovem, Samuel Segundo, para serem vendidos durante um bazar para arrecadar fundos para o Hospital Padre Zé. Porém, eles desapareceram.
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