CMJP
“É importante que os clientes tenham o seu estacionamento, mas, mais ainda, que os trabalhadores tenham alternativas”, defendeu Marcos Henriques
O vereador Marcos Henriques (PT) criticou o novo sistema de cobrança de estacionamento rotativo informatizado de João Pessoa, ‘Zona Azul’, por, de acordo com ele, ser o reflexo de uma falta de sensibilidade da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) com os trabalhadores. “É importante que os clientes tenham o seu estacionamento, mas, mais ainda, que os trabalhadores tenham alternativas”, defendeu.
“É uma falta de sensibilidade com os trabalhadores do Centro de João Pessoa, que ganham dois ou três mil reais e vão ter que pagar, por mês, um valor superior a 20% do seu salário em estacionamento”, argumentou o parlamentar, relatando ter recebido queixas de funcionários, por esse motivo.
Para Marcos Henriques, a luta do trabalhador não pode retroceder: “Assim, o trabalhador vai ter um retrocesso do seu trabalho. Enquanto a gente luta muito e não consegue nem 10% de aumento no salário, agora, o trabalhador também vai ter que pagar de 10% a 20% do seu salário em estacionamento. Tem que haver uma sensibilidade para que essas pessoas paguem um valor diferenciado, para que haja um tratamento diferente, a fim de que os funcionários não sintam tanto no bolso”.
O parlamentar também pediu que o projeto da Zona Azul seja colocado na pauta da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), após a audiência pública do dia 12 de novembro, que discutirá desafios e impactos do novo sistema de estacionamento. “Eu sugiro que seja colocado após o dia 12, para que se possa assimilar alguma proposta que porventura venha a sair desta Casa. Tenho certeza de que todos os vereadores estão sentindo na pele essa pressão, porque é algo que muda a vida das pessoas, influencia no bolso delas”, reforçou.
Em aparte, os vereadores Fábio Carneiro (Solidariedade) e Milanez Neto (MDB) parabenizaram o pronunciamento do colega. “A audiência pública do dia 12 será esclarecedora, porque há dúvidas sobre como se deu o processo licitatório. Se for necessário nos aprofundarmos sobre o tema, por que não criarmos mais uma CPI, a ‘CPI da Zona Azul’? É um mistério, todos estão engasgados com essa Zona Azul desastrosa”, propôs Fábio. “Conto com a sensibilidade da Gestão para que nós possamos mudar essa lei e que seja uma mudança de fato para melhor”, concluiu Marcos Henriques.
