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A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, informou durante a manhã desta quinta-feira (10) que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) receberam a informação de figuras próximas de Jair Bolsonaro (PL) que o ex-presidente pode estar preparando sua fuga para os Estados Unidos, com o apoio do presidente americano Donald Trump.
O intuito, segundo a colunista, seria de evitar uma possível prisão no Brasil. Segundo informações de aliados, Bolsonaro estaria “em pânico” com a possibilidade de ser encarcerado, à medida que seu julgamento avança e se aproxima de uma conclusão que pode ocorrer até outubro.
Uma das evidências desse preparo seria o fato de Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, já estar morando nos Estados Unidos e se autodefinir como um “deputado em exílio”. Essa situação levanta suspeitas entre os magistrados do STF de que Trump estaria facilitando um possível pedido de asilo político para Bolsonaro, argumentando que ele sofre perseguição política no Brasil – como o fez numa carta enviada a Lula.
Em declarações recentes, Trump afirmou que Bolsonaro é um “perseguido político” e criticou o processo judicial contra ele, classificando-o como uma “vergonha interna” que deve ser encerrada imediatamente. “Deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz. Caça às bruxas”, afirmou Trump em uma carta enviada ao presidente brasileiro, na qual também comunicou a imposição de sobretaxas de 50% ao Brasil.
Além disso, a situação de Bolsonaro se complica com a reação negativa à taxa imposta por Trump, que tem sido vista como uma medida prejudicial para as empresas e empregos no Brasil. Isso tem dado ao presidente Lula uma bandeira política contra seu adversário.
“Tudo deverá ser culpa do Trump. A economia está mal, culpa do Trump; está bem, apesar do Trump; está havendo desemprego, culpa do Trump”, relatou um ministro do governo em conversa com a jornalista.
Este cenário de tensão política e econômica também ressalta o histórico complicado entre os Estados Unidos e o Brasil, especialmente em relação ao apoio americano a ditaduras no passado. A opinião pública brasileira sobre Trump é majoritariamente negativa, e a situação atual pode não ajudar a melhorar essa percepção.