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O vice-governador Lucas Ribeiro voltou de viagem oficial do Oriente Médio, onde há muitos focos de conflito, mais paz e amor do que foi. Em entrevista nesta segunda-feira no Frente a Frente, da TV Arapuan, Lucas deixou claro que fez a opção por não atacar nem sequer diminuir a pretensão dos aliados governistas que desejam disputar o governo do Estado e que, por causa disso, desprezam publicamente sua “candidatura natural” à reeleição em caso de desincompatibilização do governador João Azevedo, pretenso candidato ao Senado.
Durante uma hora, apesar de ter até motivos, ele evitou polemizar com Adriano Galdino, para quem o Republicanos é único partido com direito à cabeça de chapa, e o prefeito Cícero Lucena, que, apesar de ser do PP, desconsidera a candidatura de Lucas “como natural”. Mesmo dizendo que é candidato à reeleição caso assuma o governo, considerou como legítimas as candidaturas dos demais aliados e disse que “vai construir” a unidade na condição de candidato à reeleição, procurando o apoio tanto do Republicanos quando de Cícero.
Não se exaltou nem diante da acusação de Galdino de que Lucas usaria a máquina para reeleger a mãe, a senadora Daniella Ribeiro. “Isso já é matéria vencida”, disse, considerando que, numa combinação prévia com João, é possível que Daniella anuncie antecipadamente uma renúncia de sua candidatura ao Senado.
O ponto mais próximo de algum enfrentamento foi quando diminui o critério da pesquisa como o único para a escolha do candidato. “Não pode ser só isso. Se fosse, Daniella não teria sido eleita senadora nem João governador em 2018”, disse, lembrando que ambos iniciaram as respectivas campanhas atrás dos demais candidatos nas pesquisas.
Lucas sequer deu sinais de pressão ao governador João Azevedo, a quem reafirmou como condutor de todo o processo.
Uma postura completamente diferente dos demais aliados, especialmente do Republicanos, que parece empunhar uma espada para a Granja Santana quando o assunto é 2026.
E ainda foi além ao garantir que todos os aliados, especialmente o PSB, terão os mesmos espaços construídos no projeto que está hoje nas mãos de João Azevedo. “Política se faz com a construção de muitos e o mais importante é que possamos garantir a continuidade desse projeto que faz a Paraíba viver seu melhor momento”, reforçou.
Dando, ao final, uma palavra de alento ao PSB que estás prestes de dar adeus ao governo do Estado com a eventual saída de João Azevedo: “Durmam tranquilos”.
Tem gente que ficou sonhando com essas palavras.
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